Determinada sexta-feira à noite, degustando uma pizza em agradável companhia, testemunhei uma real e total discriminação racial e social pela gerência do estabelecimento comercial, pizzaria CHEIRO DE PIZZA.
Sem tato e com muito descaso, o gerente da pizzaria CHEIRO DE PIZZA negou veementemente o acesso e o atendimento de cerca de 40 cidadãos, em sua maioria crianças de uma Escola Pública Estadual chamada Elysio Athaíde acompanhadas por seus educadores, coordenadores e pela diretora da escola. As crianças de arregalados olhos fitando e seguindo cada pizza que ia e vinha, foram impedidas por um “burrocrata burguês” de saciar o desejo de pizza, após uma sessão de teatro, ofertada por sua diretora e equipe pedagógica. Estou falando de crianças com no máximo 11 anos, devidamente fardadas.
Retóricas e suplicas não ruiu a casca grotesca do gerente da pizzaria CHEIRO DE PIZZA que ofereceu as costas e adentrou em seu Castelinho, deixando indignada a diretora da Escola Estadual Elysio Athaíde, meu amigo Belga revoltado e a mim perplexo e envergonhado.
Essas pessoas ranzinzas e com o ego maior que os limites físicos e planetários é que alimentam a violência e a desigualdade interior. Aquelas crianças irão lembrar, daquela noite de sexta com alegria e magia, proporcionada pela sessão de teatro com a participação de um ex-aluno da Escola Estadual Elysio Athaíde e também com incalculável frustração, com sentimento de inferioridade, causada pelo gerente da pizzaria CHEIRO DE PIZZA.
Algo cheirou mal na Cheiro de Pizza, boa cheiro, boa de sabor e melhor no preconceito!
